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Diagnóstico precoce da hanseníase é fundamental para prevenir a transmissão

A hanseníase é uma doença crônica que pode afetar qualquer pessoa. A principal característica é a alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica (frio/calor), dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos e pode gerar incapacidades permanentes. Diagnosticar a doença cedo é muito importante para evitar transmissão, complicações e deficiências.

O diagnóstico da doença é feito a partir de uma avaliação clínica em que são avaliados os sinais e os sintomas. Além disso, existe um exame auxiliar, a baciloscopia. O tratamento é todo disponibilizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e pode até mesmo curar a doença. Os remédios também interrompem a transmissão e previnem as sequelas. Se a hanseníase não for tratada, pode causar lesões severas e irreversíveis.

Se descoberta de forma tardia a doença pode causar uma série de sequelas e até mesmo deformações Foto: Freepik
Se descoberta de forma tardia a doença pode causar uma série de sequelas e até mesmo deformações Foto: Freepik

Caso apresente algum sintoma é necessário procurar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) o mais breve possível.

Transmissão

A doença é transmitida através de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse ou espirro de pessoas não tratadas e em fases mais adiantadas da doença. Com o início do tratamento, a transmissão é interrompida. A maioria das pessoas têm resistência à bactéria: a cada dez, apenas uma adoece. Em geral, é preciso uma relação próxima e frequente para que a doença se instale, por isso todas as pessoas que convivem com o doente devem ser examinadas. O contato com a pele ou objetos não transmite a doença.

Sintomas

Os nervos periféricos vão sendo afetados lentamente, por isso é preciso atenção a si mesmo para notar as alterações desde o início. Pode levar anos para os sintomas se tornarem evidentes:

• Manchas em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade ao calor, dor ou tato (se queima ou machuca sem perceber);

• Formigamentos, choques, agulhadas, câimbras ou dormência nos braços e pernas;

• Diminuição da força muscular, dificuldade para pegar objetos, segurar chinelos nos pés;

• Nervos engrossados e doloridos, feridas difíceis de curar, principalmente em pés e mãos;

• Áreas da pele muito ressecadas, que não suam, com queda de pelos, (especialmente nas sobrancelhas), caroços pelo corpo;

• Coceira ou irritação nos olhos;

• Entupimento, sangramento ou ferida no nariz.

Hanseníase em números

Em 2019 o Brasil registrou 27.864 novos casos de hanseníase. É o primeiro no mundo em incidência (quantidade de doentes em relação ao número de pessoas) e segundo em número de casos, depois da Índia*.

No Paraná o maior problema é o desconhecimento da doença, que faz com que os casos, sejam detectados tardiamente, muitas vezes apenas pelas sequelas que já apresentam.

*Fonte: Secretaria de Estado da Saúde (SESA).



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