A Campanha de Vacinação contra a Gripe e Sarampo do Ministério da Saúde entra em sua última semana de mobilização com baixa adesão por parte do público-alvo. De acordo com o Localiza SUS, apenas 33,8% das quase 79 milhões de pessoas receberam a vacina contra a Influenza. Já a cobertura vacinal contra o sarampo é de 29,3% entre as crianças de 6 meses e menores de 5 anos que, juntas aos profissionais de saúde, são o foco da campanha.
De acordo com o Ministério da Saúde, a segunda etapa da vacinação contra a gripe e o sarampo acaba na próxima sexta-feira (3). No caso da proteção contra o vírus Influenza, causador da gripe, idosos e trabalhadores de saúde receberam prioridade na primeira etapa. A nova fase é voltada para os seguintes grupos:
- Crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade;
- Gestantes e puérperas;
- Povos indígenas;
- Professores;
- Comorbidades;
- Pessoas com deficiência permanente;
- Forças de segurança e salvamento e Forças Armadas;
- Caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
- Trabalhadores portuários;
- Funcionários do sistema prisional;
- Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
- População privada de liberdade.
Quando do lançamento da campanha contra as duas doenças, o ministro Marcelo Queiroga já chamava a atenção para a necessidade de o público-alvo da mobilização se dirigir a uma das 38 mil salas de vacinação. “Nós já pagamos um preço muito alto no passado, pessoas que morreram por doenças que eram absolutamente evitáveis por campanhas de vacinação eficiente.”
![]() |
Foto: Ministério da Saúde |
Entre o público-alvo da campanha contra a gripe existem grupos prioritários, que são crianças, trabalhadores de saúde, gestantes, puérperas, indígenas, idosos e professores. Desses, apenas os idosos têm cobertura vacinal acima dos 50%. No caso das puérperas (mulheres em pós-parto), a adesão é apenas 22,5%. Confira abaixo o percentual (%) de vacinados em cada um dos grupos prioritários.
- Idosos (50,6%)
- Trabalhadores de saúde (49,1%)
- Crianças (30,1%)
- Professores (29,7%)
- Indígenas (27,1%)
- Gestantes (23%)
- Puérperas (22,5%)
Mas o Brasil voltou a registrar ocorrências do sarampo em 2018, o que fez o Ministério da Saúde voltar a fazer mobilizações frequentes contra a doença. O objetivo da campanha deste ano é interromper a circulação do vírus e reduzir complicações e o número de óbitos pela doença, disse Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde.
“O grande objetivo da vacinação contra o sarampo é interromper a circulação ativa do vírus do sarampo no país, minimizar a carga da doença, proteger a população, além de reduzir a sobrecarga sobre o sistema de saúde em decorrência de mais esse agravo.”
Dos dez estados que têm os piores índices de cobertura vacinal na campanha contra o sarampo, seis deles são da Região Norte do país. Rondônia tem a adesão mais baixa entre no grupo das crianças que têm entre seis meses e quatro anos de idade: 8,2%. Em seguida vêm Amapá (8,7%), Rio de Janeiro (16,6%), Pará (17%) e Acre (18,1%). O estado que mais vacinou foi a Paraíba, com cobertura de 49,2%, ainda abaixo da metade do público-alvo.
Nenhum comentário
Postar um comentário