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Hanseníase: especialista alerta para sintomas e importância do diagnóstico precoce

A hanseníase foi descoberta em 1873, pelo médico e bacteriologista norueguês, Gerhard Hansen. Desde então, o tratamento da doença vem evoluindo, mas sua circulação é contínua, uma vez que não existe vacina que garanta a prevenção. Como não há formas de controlar a transmissão, o diagnóstico precoce além de aumentar as chances de cura, evita que mais pessoas desenvolvam a doença. “As principais armas contra a hanseníase são o diagnóstico precoce e o tratamento correto dos casos, o que viabiliza a interrupção da cadeia de transmissão da doença. O tratamento da hanseníase é eficaz e cura. Após a primeira dose da medicação não há mais risco de transmissão e o paciente pode conviver em meio à sociedade. É importante destacar que o tratamento da hanseníase é gratuito e fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, alerta a médica dermatologista do Policlínica Hospital de Cascavel, Paula Hitomi Sakiyama.

Além de aumentar as chances de cura, o tratamento na fase inicial também colabora para amenizar as consequências da doença. “Além da cura da infecção mediante o uso de antibióticos, que varia de seis meses a um ano, é importante prevenir sequelas relacionadas à doença, como incapacidades físicas e comprometimento da função dos nervos, o que acontece por meio da detecção precoce de casos e tratamento adequado. Infelizmente, caso a identificação da doença seja tardia, o paciente pode evoluir com sequelas irreversíveis", explica.

Sinais de alerta

No início os sintomas da hanseníase podem ser discretos, passando despercebidos pelos profissionais de saúde e pelos próprios pacientes. “A doença afeta primariamente a pele e os nervos periféricos, podendo se manifestar de diversas formas. De modo geral, deve-se suspeitar de hanseníase em pessoas com qualquer um dos seguintes sintomas: manchas claras, avermelhadas ou escuras na pele; diminuição ou perda da sensibilidade em manchas da pele; dormência ou formigamento em mãos ou pés; ferimentos ou queimaduras indolores nas mãos ou pés e dor ou sensibilidade aumentada em nervos. Ao observar qualquer um desses sintomas, procure um médico”, recomenda.

 Como ocorre a transmissão?

Apesar do estigma, a transmissão da hanseníase não ocorre por meio do toque na pele. “A hanseníase é causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, e a transmissão se dá por meio da convivência muito próxima e prolongada com uma pessoa acometida pela doença que não se encontra em tratamento, por contato com gotículas de saliva ou secreções do nariz”, esclarece.

Aumento de diagnósticos x informação

De acordo com o Ministério da Saúde, entre janeiro e novembro de 2023, o Brasil diagnosticou ao menos 19.219 novos casos de hanseníase. Mesmo que preliminar, o resultado já é 5% superior ao total de notificações registradas no mesmo período de 2022. Os dados podem estar relacionados à disseminação de informações sobre a doença. “Acredito que o aumento do diagnóstico da doença possa se dever à maior conscientização sobre o tema, resultado de campanhas, como a do janeiro roxo, e de ações para capacitação dos profissionais da saúde”, aponta.

Imagem Ilustrativa. Foto: Freepik


Artigo de autoria Contelle Comunicação



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