O ano começou desafiador para o varejo. É o que revela o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de fevereiro, que pelo segundo mês consecutivo, registrou queda de 2,1% em comparação com o mês anterior, janeiro. Se comparado com fevereiro de 2024, a queda foi ainda maior, de 5,4%.
Apesar disso, segundo o Icec, a pontuação do mês passado chegou a 103,7 pontos, superando os 100 pontos — que indicam estar acima do nível de satisfação.
O que contribuiu para a queda
Praticamente todos os componentes analisados apresentaram queda. O parâmetro com maior baixa foi “condições atuais da economia”, que caiu 6,5% entre janeiro e fevereiro deste ano e 18,7% se comparado a fevereiro de 2024.
Todos os segmentos do varejo apresentaram queda no Icec em relação a janeiro de 2025:
- Supermercados, farmácias e lojas de cosméticos: - 3,3%
- Roupas, calçados, tecidos e acessórios: - 1,7%
- Eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e decorações, cine/foto/som, materiais de construção e veículos - 2,7%.
Na avaliação do economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, o principal motivo para a queda no otimismo do setor está na alta da taxa de juros (Selic) e na perspectiva de novos reajustes. O que reflete num maior impacto nas vendas de produtos de maior valor agregado, como veículos, eletrônicos e materiais de construção.
Icec
Todo mês é divulgado o Índice de Confiança do Empresário do Comércio, que apura, entre seis mil empresas de capitais brasileiras, as tendências das ações do setor do ponto de vista do empresário.
![]() |
Foto: Freepik |
Nenhum comentário
Postar um comentário