Policiais Civis do estado do Paraná paralisaram temporariamente as atividades na manhã desta quarta-feira. O ato ocorre como gesto de manifestação pacífica contra a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 32.
A PEC que tramita no Congresso Nacional foi apresentada ainda no ano passado e marca o início de uma reforma administrativa.
Amplamente defendida pela base governista do presidente Jair Bolsonaro, a proposta altera dispositivos sobre servidores e empregados públicos e modifica a organização da administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
No Paraná, a manifestação foi puxada pelo Sindicato das Classes Policiais Civis do PR (Sinclapol). Na capital Curitiba, uma manifestação pacífica foi realizada por policiais da União de Forças de Segurança (UFS) com concentração em frente ao Palácio do Governo do estado do Paraná.
No interior a paralisação foi das atividades externas das delegacias, que ocorreram entre às 9h da manhã até ao meio dia. A 20ª Subdivisão Policial de Toledo aderiu a mobilização.
Para a diretora do Sinclapol, Valquiria Tisque, caso aprovada a proposta pode facilitar que governantes utilizem pessoas de confiança para ocupar cargos públicos hoje destinados para profissionais qualificados e selecionados por meio de concurso público.
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| Policiais Civis do Paraná realizam manifesto contrário a Reforma Administrativa da PEC 32. Foto: Sinclapol |
Segundo o sindicato, a proposta atinge diretamente a classe dos profissionais da segurança pública. "O risco é de que esses servidores possam perder a estabilidade, podendo ser mandado embora a qualquer momento, inclusive por meio de uma ordem ilegal", explicou. "Isso afeta toda a sociedade que poderá ter prejuízos nos serviços prestados pela polícia", complementou Valquiria.
Sem diálogo
Além da PEC 32, no Paraná, a manifestação também é motivada pela falta de pagamento da data base dos policiais Civis que, segundo o Sinclapol, não ocorre desde 2016.
A diretora do Sindicato, revelou que a classe não tem conseguido manter um diálogo com o governador Ratinho Júnior e por isso, as manifestações têm sido constantes.
"Temos feito vários protestos, pois nesta gestão, a perda de direitos tem sido frequente. Inclusive direitos adquiridos e o governador não abre agenda para dialogar conosco", finalizou.
De Redação Bem Oeste Notícias
O governo que lute.
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